terça-feira, 30 de dezembro de 2014

LIÇÃO 01 – DEUS DÁ A SUA LEI AO POVO DE ISRAEL - 1º TRIMESTRE 2015



LIÇÃO 01 – DEUS DÁ A SUA LEI AO POVO DE ISRAEL - 1º TRIMESTRE 2015
(Êx 20.18-22,24; 24.4,6-8)
INTRODUÇÃO
A lição do primeiro trimestre de 2015 tem como título: A Lei de Deus – Valores imutáveis para uma sociedade
em constante mudança, onde teremos a oportunidade de estudar treze lições baseadas nos Dez Mandamentos. Nesta
primeira lição, definiremos a palavra Decálogo usada acerca dos Dez Mandamentos; destacaremos algumas
características da Lei que a faz mais sublime que qualquer outra legislação; e, por fim, veremos cada mandamento e a sua
devida explicação e aplicação tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.
I – O DECÁLOGO: OS DEZ MANDAMENTOS
Essa palavra vem do grego “deka” dez e “logos” palavra, ou seja, “dez palavras”. “Esse é um titulo usado para
indicar os Dez Mandamentos. Esses mandamentos, dados por Deus a Moisés, no monte Sinai, tornaram-se a base da
legislação levítica. Uma das mais duradouras legislações de todos os tempos. Em sua forma mais familiar, esses
mandamentos acham-se em Êxodo 20:2-17. O decálogo é mais que um código de leis. Antes, é a base do pacto teocrático
(governo de Deus) que separou o povo de Israel como um veículo do favor divino, como um elemento através do qual a
mensagem espiritual haveria de ser transmitida. Os inúmeros preceitos que aparecem em seguida, governando cada
aspecto da vida diária, ensinam-nos que Deus está atento a todos os aspectos da nossa vida. Esse elaborado sistema tinha
o intuito de governar a vida física dos israelitas, mas também tinha funções educativas. O próprio decálogo estabelece
alguns princípios perfeitamente éticos, cuja aplicação pode ser vasta e abrangente” (CHAMPLIN, 2004, pp. 25,125 –
acréscimo nosso).
II – CARACTERÍSTICAS DA LEI
2.1 Origem divina (Êx 20.1). Embora muitas vezes a Lei do Senhor dada através de Moisés seja chamada de Lei de
Moisés (Js 8.31; I Rs 2.3; Ed 7.6; Lc 2.22;24.44; I Co 9.9); o registro do capítulo 20 do livro do Êxodo nos mostra que
Deus é a origem da Lei. “Durante todas as negociações entre israelitas e egípcios, quando os primeiros eram escravos dos
últimos, o papel de Moisés era, antes de mais nada, o de mediador. Deus não falou com Faraó, mas mandou Moisés lhe
falar. Ele continuou nesse papel durante a Páscoa “Falai a toda a congregação de Israel” (Êx 12.3) e o êxodo “Fala aos
filhos de Israel” (Êx 14.2). No Sinai, sua função continuava sendo a de transmitir a palavra de Deus ao povo “Estas são
as palavras que falarás aos filhos de Israel” (Êx 19.6). Por outro lado, na revelação do Decálogo esse aspecto foi
omitido. Moisés ouviu juntamente com o povo, ao qual Deus falou de modo direto (Êx 20.1). Essa é uma forma de a
Bíblia nos dizer que, quando lemos o Decálogo, estamos frente a frente com a excelência da vontade de Deus para seus
seguidores, no que diz respeito a estilo de vida e compromisso moral. Observe a sequência aos Dez Mandamentos: “eu
falei convosco desde os céus” (Êx 20.22), não do Sinai (HAMILTON, 2007, p. 215 – acréscimo e grifo nosso).
2.2 Princípios imutáveis (Êx 24.12). A Lei foi escrita em tábuas de pedra pelo próprio Deus. “Nos países orientais, a
pedra simbolizava a perpetuidade da lei, ali contida. As tábuas de pedra estavam escritas em ambas as faces, indicando
quão completa era aquela legislação. Subsequentemente, as tábuas de pedra foram guardadas no lugar sagrado do
tabernáculo, salientando o ato e a importância da revelação divina” (CHAMPLIN, 2004, p. 125).
2.3 Objetivos definidos. Todo o povo precisa ter leis, e até as tribos mais primitivas contam com sua legislação, formal
ou informal. Com o povo de Israel não podia ser diferente. Deus revelou sua Lei para os israelitas no Sinai (Êx 20.1,2). A
Lei era necessária por pelos menos três motivos:
2.3.1 Proporcionar uma norma moral para os redimidos. A Lei revelava a vontade de Deus quanto a conduta do seu
povo (Êx 19.4-6; 20.1-17) e prescrevia os sacrifícios de sangue para a expiação pelos seus pecados (Lv 1.5; 16.33). A Lei
não foi dada como um meio de salvação para os perdidos. Ela foi destinada aos que já tinham um relacionamento de
salvação com Deus (Êx 19.4; 20.2) a fim de instruí-lo na vontade do Senhor, para que pudesse realizar o propósito de
Deus (Êx 19.6). Logo, a revelação foi dada “não para dar, mas para orientar a vida” (Lv 20.22,23).
2.3.2 Demonstrar a natureza e o caráter de Deus. A Lei expressava a natureza e o caráter de Deus, isto é, seu amor,
bondade, justiça e repúdio ao mal, e sobretudo que o Deus de Israel é Santo (Lv 11.44,45; 19.2; 20.7,26; 21.8). A Bíblia
denomina Deus de “santo” (Sl 99.3). Ele é chamado de o “Santo de Israel” no (Sl 89.18); e, no livro do profeta Isaías,
aproximadamente trinta vezes (Is 1.4; 57.15). A santidade é uma característica da própria natureza de Deus, e não
somente expressão de um procedimento santo. Ele mesmo diz: “Eu sou santo” (Lv 19.2; Sl 99.6,9; I Pe 1.16).
2.3.3 Mostrar à humanidade seu estado pecaminoso e revelar que só pela graça podemos ser salvos. O apóstolo
Paulo disse que “nenhuma carne será justificada diante dele pelas obras da lei, porque pela lei vem o conhecimento do
pecado” (Rm 3.20). Ela não fôra dada como um meio de se alcançar a salvação, mas “nos serviu de aio, para nos
conduzir a Cristo, para que pela fé fôssemos justificados” (Gl 3.24). A palavra grega traduzida por “aio” é
“paidagõgos” que significa “instrutor”, “professor” e indica um escravo, cuja tarefa era cuidar de uma criança até que ela
chegasse a idade adulta. A Lei serviu de aio para mostrar os nossos pecados e nos conduzir a Cristo (Gl 3.25).
III – OS DEZ MANDAMENTOS E SUA INTERPRETAÇÃO
Constituindo-se na essência do Pentateuco, o Decálogo é a mais perfeita das leis escritas. Vejamos na tabela
abaixo quais os princípios morais dos Dez Mandamentos ensinados no AT e reafirmados no NT:
Nº MANDAMENTO E EXPLICAÇÃO PRINCÍPIO AFIRMAÇÃO
NO AT
REAFIRMAÇÃO
NO NT
I
“Não terás outros deuses diante de mim”. Há um só Deus e só a ele
havemos de oferecer culto. A adoração a anjos, a santos ou qualquer outra
coisa é violação do primeiro mandamento.
A unicidade
de Deus Êx 20.3 At 14.15
II
“Não farás para ti imagem de escultura [...]”. Proíbe-se não somente a
adoração de imagens ou de deuses falsos, mas também prestar culto ao
verdadeiro Deus em forma errada. Ele é espírito e não tem forma (Jo 4.24).
A
espiritualidade
de Deus
Êx 20.4 I Jo 5.21
III
“Não tomarás o nome do SENHOR teu Deus em vão [...]”.
Originalmente este mandamento se referia a não jurar pelo nome de Deus
se o juramento fosse falso (Lv 19.12), mas se permitia jurar pelo seu nome
se fosse verdadeiro (Dt 10.20). Contudo, Jesus proibiu terminantemente
jurar pelas coisas sagradas (Mt 5.34-37). A simples palavra de um filho de
Deus deve ser verdadeira, sem recorrer a juramentos (Tg 5.12).
A santidade
de Deus Êx 20.7 Tg 5.12
IV
“Lembra-te do dia do sábado, para o santificar”. Um dia da semana
pertence a Deus. Reconhece-se a soberania de Deus guardando o dia de
repouso, visto que esse dia nos lembra que Deus é o Criador a quem
devemos culto e serviço. Todavia, o sábado judaico não é obrigatório para
os cristãos, pois já não estamos sob o jugo da Lei (Rm 6.14).
A soberania
de Deus Êx 20.8 Não reafirmado
(At 15.28,29)
V “Honra a teu pai e a tua mãe [...]”. O homem que não honra a seus pais
tampouco honrará a Deus, pois esta é a base do respeito a toda a autoridade.
Respeito aos
representantes
de Deus
Êx 20.12 Ef 6.1
VI
“Não matarás”. Este mandamento proíbe o homicídio mas não a pena
capital, visto que a própria lei estipulava a pena de morte. Também se
permitia a guerra, visto como o soldado atua como agente do estado.
A vida
humana é
sagrada
Êx 20.13 I Jo 3.15
VII
“Não adulterarás”. Este mandamento protege o matrimônio por ser uma
instituição sagrada instituída por Deus. Isto vigora tanto para o homem
como para a mulher (Lv 20.10).
A família é
sagrada Êx 20.14 I Co 6.9-10
VIII
“Não furtarás”. Este mandamento diz respeito a roubo de bens e,
provavelmente, a sequestros. O direito de propriedade é confirmado, e
condena-se qualquer tentativa de se conseguir algo de forma ilícita.
Respeito a
propriedade
alheia
Êx 20.15 Ef 4.28
IX
“Não dirás falso testemunho contra o teu próximo”. Este mandamento
compreende qualquer conversa mal-intencionada, proposital ou não,
que levante dúvidas sobre a integridade do caráter de alguém.
A justiça Êx 20.16 Cl 3.9-10
X “Não cobiçarás [...]”. A cobiça é o ponto de partida de muitos dos
pecados contra Deus e contra os homens.
O controle dos
desejos Êx 20.17 Ef 5.3
CONCLUSÃO
Após a saída do Egito o povo de Israel recebeu no Sinai a Lei do Senhor a fim de andar de forma agradável ao
seus olhos. Assim como Israel, Deus nos resgatou do cativeiro do pecado e nos presentou com a Sua Palavra a fim de
guiarmos a nossa vida segundo a sua perspectiva. Os princípios morais do Decálogo são imutáveis, e, portanto servem
tanto para Israel como para a Igreja.
REFERÊNCIAS
 CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
 HAMILTON, Victor P. Manual do Pentateuco. CPAD.
 HOFF, Paul. O Pentateuco. VIDA.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

LIÇÃO 7 – VISTA O “SOBRETUDO”, MEU FILHO! - ADOLESCENTES - 4º TRIMESTRE 2014


LIÇÃO 7 – VISTA O “SOBRETUDO”, MEU FILHO!

Objetivo
Professor (a) ministre sua aula de forma que possa conduzir o aluno a:
Inteirar-sedo conteúdo e propósito Carta ao Colossenses, conscientizando-se que o servo de Deus deve conscientizar-se da necessidade de buscar os dons espirituais, principalmente o fruto do Espírito.




Para refletir
“E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, {ou amor} que é o vínculo da perfeição.”(Cl. 3.14 – ARC)

Quando Cristo é tudo em nós, as mais preciosas qualidades aparecem, o amor flui em nosso coração e o Nome do Senhor é glorificado em nossas vidas.


Texto Bíblico: Cl. 3.1-16

Introdução
O amor de Deus por você é incondicional e eterno.
Acolha essa verdade em seu coração para que Deus entre em sua vida com Seu amor ímpar, ininteligível; basta você abrir a porta do seu coração para que Ele entre e você comece a experimentar uma nova vida, plena de amor, paz, alegria.
Deus, em Sua infinita misericórdia, ama você, como você é, na situação em que você se encontra.
Então, transmita esse amor aos que se aproximam de você no dia de hoje e sempre.
Ele é o vínculo da perfeição. 
O nosso amor é imperfeito, mas o “AMOR DE DEUS é o Vínculo da Perfeição!

Epistola aos Colossenses
Autor: Paulo
Data:Cerca de 61 d.C.
Tema:A Supremacia e Suficiência de Cristo. Os Colossenses estavam propensos à rituais e cerimônias, bem como a culto a anjos. Paulo trata do assunto apresentando-lhes o incomparável caráter de Cristo, bem como Sua Supremacia sobre todas as coisas sejam visíveis ou invisíveis.
Palavras-Chave:plenitude, conhecimento, sabedoria, mistério.

Contexto Histórico e Data
Paulo nunca tinha visitado Colossos, uma pequena cidade na província da Ásia, cerca de 160 km de Éfeso. A igreja foi uma conseqüência de seu ministério de três anos em Éfeso, por volta de 52-55 d.C. (At 19.10; 20.31). Epafras, um nativo da cidade e provavelmente convertido pelo apóstolo, talvez tenha sido o fundador e líder da igreja (1.7-8; 4.12-13). A igreja aparentemente se reunia na casa de Filemom (Fm 2).

Estudiosos conservadores acreditam que esta carta foi escrita em sua primeira prisão romana, por volta de 61 d.C.
Em algum momento da prisão de Paulo, Epafras solicitou sua ajuda para lidar com a falsa doutrina que ameaça a igreja em Colossos (2.8-9). Aparentemente, essa heresia era um mistura de paganismo e ocultismo, legalismo judaico e Cristianismo. O erro parece com uma antiga forma de gnosticismo, que ensinava que Jesus não era nem completamente Deus e nem completamente homem, mas apenas um dos seres semi-divinos que ligavam o abismo entre Deus e o mundo.

Conteúdo
Nenhum outro livro do N.T. apresenta mais completamente autoridade universal de Cristo ou a defende tanto cuidado. Combativo em tom e abrupto em estilo, Colossenses tem uma semelhança próxima com Éfesios em linguagem e assunto. Mais de setenta dos 155 versos de Éfesios contêm expressões que ecoam em Colossenses. Por outro lado, Colossenses tem vinte e oito palavras que não se encontram em mais nenhum outro lugar escrito de Paulo, e trinta e quatro que não se encontra em lugar nenhum do N.T.

Os falsos mestres em Colossos tinham rebatido algumas das principais doutrinas do Cristianismo, nada menos que a divindade, a autoridade absoluta e suficiência de Cristo. Colossenses apresenta Cristo como o Senhor supremo cuja suficiência o crente encontra perfeição (1.15-20). Os primeiros dois capítulos apresentam e defendem essa verdade; os últimos dois desvendam as implicações práticas.

Em Jesus habita a totalidade dos atributos, essência e poder divinos (1.19; 2.9). Ele é a revelação e representação exata do Pai, e tem prioridade em tempo e primazia em categoria sobre toda a criação (1.5). Sua suficiência depende de sua superioridade. A convicção da soberania absoluta de Cristo impulsionou a atividade missionária de Paulo (1.27-29).
Paulo declara a autoridade de Cristo de Três formas primarias, proclamando, ao mesmo tempo, sua adequação:
  1. Cristo é o Senhor de toda a criação. Sua autoridade criativa abrange todo o universo material e espiritual (1.16). Como isso inclui os anjos e planetas (1.16; 2.10), Cristo merece ser louvado ao invés dos anjos (2.18). Além disso, não há motivo para temer os poderes espirituais demoníacos ou buscar supersticiosamente a proteção deles, pois Cristo neutralizou o poder deles na cruz (2.15), e os colossenses compartilhavam de seu triunfante poder de ressurreição (2.20). Como soberano e potestade suficiente, Cristo não é apenas o Criador do universo, mas também o preserva (1.17), é seu princípio de união e meta (1.16).
  2. Jesus é o superior na igreja como seu Criador e Salvador (1.18). Ele é a vida e líder dela, e a igreja só deve submeter-se a ele. Os colossenses dever permanecer arraigados a ele ( 2.6-7) ao invés de se encantarem com especulações e tradições vazias (2.8,16-18)
  3. Jesus é supremo na salvação (3.11). Nele somem todas as distinções criadas pelo homem e caem as barreiras. Ele transformou os cristãos em uma única família onde os membros são iguais em perdão e adoção; é ele quem importa, em primeiro e em último lugar. Portanto, contrário à heresia, não há qualificações ou exigências especiais para vivenciar o privilégio de Deus (2.8-20).

Os caps. 3-4 lidam com as implicações práticas de Cristo na vida diária dos colossenses. Paulo usa a palavra “Senhor” nove vezes em 3.1-4.18, o que indica que a supremacia de Cristo invade cada aspecto de seus relacionamentos e atividades.


Lado a Lado com o Pai
Como estar lado a lado com o Pai, com o Deus Todo-Poderoso.
Geralmente os amigos tendem a pensar da mesma forma, gostar das mesmas coisas. Assim é também se quisermos estar lado a lado com Deus.

“Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra...”(Cl. 3.2)

Esse verso pode equivocadamente ser compreendido como uma fuga aos assuntos que estão acontecendo na terra, para uma dedicação exclusiva àquilo que somente, diz respeito ao “céu”. Seria um “escapismo irresponsável”.

Mas, não é essa a proposta do texto. O que temos nesse verso é a seguinte verdade: nossa mente deve estar programada para avaliar todos os acontecimentos terrenos pelos referenciais divinos.

Isso significa que, se a nossa mente não estiver suficientemente saturada com os valores de Deus, não conseguiremos saber qual é a opinião dos céus sobre qualquer assunto que estiver se desenrolando aqui na terra. É aquilo que Watchman Nee vai dizer: “Se alguém permitir que sua cabeça cesse de pensar, pesquisar, decidir e de examinar sua experiência e ação à luz da Bíblia, está praticamente convidando Satanás a invadir sua mente e enganá-lo”.

É preciso que selecionemos cuidadosamente os nossos pensamentos. Podem até passar em nossa mente cerca de sete mil pensamentos por dia, mas só serão acolhidos por nós àqueles que forem: “verdadeiros, honestos, justos, puros, amáveis, de boa fama, virtuosos e louváveis...” (Fp. 4.8).

Um outro dado importantíssimo nessa esfera do pensamento é que “a sua maneira de pensar determina a sua maneira de sentir, e sua maneira de sentir determina sua maneira de agir”. Por esta razão, na sua prática você está desenvolvendo aquilo que potencialmente foi gerado em sua mente.

Ora, se Cristo atuar inicialmente em sua mente, logo, podemos adiantar que seus hábitos diários serão melhores e bem mais saudáveis. Não é a toa que o termo bíblico para arrependimento é metanoia que significa “mudança de mente”.

Quando você submeter o domínio de sua mente a Jesus, permita-o varrer todo o interior de seu ser para reprogramar o seu “jeito de pensar”, para que sua vida possa ser vivida em um nível ainda mais excelente.

Charles H. Spurgeon vai sugerir o seguinte: “Se você deseja que Cristo habite permanentemente em você, dê-lhe todas as chaves de seu coração; não deixe nenhum armário trancado; mostre-lhe a fechadura de cada cômodo e as trancas de cada aposento”.

É fato consumado que Cristo não tem nenhum interesse em agir na sua vida, se não houver de sua parte o aval para que Ele intervenha em todo o seu ser. E isso porque “quem tem acesso ao controle de sua mente é você!

Por isso que, ao invés de ficar desenvolvendo pensamentos ruins na vida, experimente semear pensamentos de vida, para que a sua existência encontre um sentido para você.

Isso me faz lembrar a história de uma senhora que partiu de uma estação de trem com uma sacola contendo sementes. E aos poucos, no trajeto de sua viagem, ela jogava um pouquinho em cada ponto. Intrigado um jovem resolveu perguntar por que ela ficava jogando algo no chão durante a viagem. E ela gentilmente respondeu: “olha meu jovem, eu tenho que fazer esse trajeto duas vezes por ano. E eu sempre achei a paisagem desse lugar muito feia, sem vida, seca, sem brilho algum. Então resolvi comprar um punhado de sementes, e aproveito minha viagem para semear sementes de flores ao invés de ficar reclamando da feiúra do lugar. Você está vendo aquelas violetas? Plantei-as no ano passado. E aquelas roseiras? Elas foram semeadas há dois anos...

Nunca se canse de pensar nas coisas que são de cima, porque as coisas da terra já estão totalmente corrompidas. Não se esqueça do salmo 121:
 “Elevo os meus olhos para os montes (de cima) de onde me vem o socorro.. O meu socorro vem do Senhor (de cima) que fez os céus e a terra.”
O negócio é “olhar para cima”, pois é de lá que vem a nossa PAZ e assim estaremos andando lado ao lado com o Pai.


Vestindo uma roupa especial
Através dos versículos propostos nesta lição vemos o apóstolo Paulo lembrando aos crentes colossenses que eles eram pessoas especiais, em face de sua nova vida com Cristo, e que precisavam demonstrar isso perante o mundo, principalmente quando em volta deles havia um movimento herético sutil, sorrateiro e perigoso. Ele ensina que eles não poderiam descuidar-se da condição de “santos e fiéis”, “santos e amados” do Senhor. Paulo enfatiza o ensino tomando a figura do despir-se e do vestir-se para exemplificar a diferença entre o passado e o presente dos colossenses e de todos aqueles que venham aceitar a Cristo como Senhor e Salvador. Ele os lembra do valor do perdão, da longanimidade e de outras importantes virtudes cristãs que devem compor o “vestuário” espiritual dos centres e dá ensino significativo sobre o louvor genuíno ao Senhor Jesus.

Revestir pode significar vestir uma roupa por cima da outra. Na vida espiritual é, exatamente isto que não deve ser feito. Paulo disse aos colossenses que era necessário primero “despojar-se”, ou despir-se da roupagem usada pelo “velho homem” - “Mas, agora, despojai-vos também de tudo....(3.8).

Vestir “roupas novas” sem tirar as “roupas velhas”, melhora a aparência aos olhos dos homens, cria uma imagem de “santificação” aparente; pode até melhorar o visual, a exemplo do que acontece com algumas religiões, porém não foi o que o Senhor Jesus recomendou a Nicodemos, um homem de bem, honrado e bom cidadão. Para Jesus, não bastava revestir Nicodemos com uma capa de “santidade”. Para ele se tornar um cidadão do céu era necessário despir-se do “velho homem”, e, para isto, era necessario ser gerado de novo, ou seja, regenerado “Jesus respondeu e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer de novo não pode ver o reino de Deus(Jo. 3.3).

Este “novo homem” não pode continuar usando as “roupas velhas” pertencentes ao“velho homem”, pois a natureza do “novo homem” rejeita as roupas velhas que detinham o “velho homem”Esta é uma das diferenças entre um crente convertido e um crente apenas convencido. O crente convertido, na hora de sua conversão, ou seja, no momento em que ele aceitou o Senhor Jesus como seu único e suficiente salvador, o “velho homem” com sua velha natureza, morreu, como afirmou Paulo:
Porque já estais mortos, e a vossa vida está escondida com Cristo em Deus”(Col 3.3).

Em seu lugar surge um “novo homem”, dotado de uma “nova natureza”. Essa “nova natureza” rejeita aquelas coisas materiais que eram aceitas e agradáveis ao “velho homem”, com sua velha natureza carnal. Dentre estas coisas se destacam “... a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria”(Col.3.5)

Com base nos termos acima podemos afirmar que o crente convertido é aquele que passou pelo processo do novo nascimento, conhecido como regeneração. Ele evita o pecado não pelo fato de ser proibido, mas pelo fato de não ter prazer no pecado – “... pois já vos despistes do velho homem com seus feitos”(Col 3.9). Porém, o crente, apenas convencido não “morreu” para o mundo e o pecado, mas, tão somente, revestiu-se com uma “capa de santidade”, conservando, por baixo, as roupas do “velho homem”, o qual continua vivo. Esse homem parece ser crente só na aparência, pois sua natureza, por não ter sido transformada, continua tendo prazer nas cousas do mundo e no pecado, os quais são os mais responsáveis pelos escândalos que ocorrem no meio evangélico.

O REVESTIMENTO DO CRISTÃO (3.12)
Vejamos a lista das coisas com as quais os eleitos, que são os crentes, devem revestir. Paulo aqui descreve o caráter do verdadeiro e genuíno cristão, o que deve ser o conteúdo do crente, o que deve ser a comprovação de que se está diante de um salvo, não apenas pelo que ele não tem (o que já vimos na lição anterior), mas, também, pelo que ele tem, o que estamos a denominar de “lado positivo da salvação”.

1) Entranhas de misericórdias
Originalmente, entranhas, aqui, refere-se aos principais órgãos internos, especialmente os intestinos – “Ora, este adquiriu um campo com o galardão da iniqüidade; e, precipitando-se, rebentou pelo meio, e todas as suas entranhas se derramaram”.(Atos 1.18).
Estes órgãos eram considerados a sede das paixões e afeições mais profundas –“ Pelas entranhas da misericórdia do nosso Deus, com que o oriente do alto nos visitou” ( Lc 1.78).

Misericórdia –Originalmente esta palavra aqui combina a idéia de "dó" e "bondade" e é melhor traduzida por compaixão (Rom. 12.1).Também se faz alusão a um coração profundamente compassivo como o de Jesus, conforme vemos em Mt.9.36 “E, vendo as multidões, teve grande compaixão delas, porque andavam cansadas e desgarradas, como ovelhas que não têm pastor.

O crente em Jesus deve amar não apenas de palavra, de lábios,mas do íntimo do seu ser- “Meus filhinhos, não amemos de palavra, nem de língua, mas por obra e em verdade(I Jo 3.18).

A misericórdia é, também, uma bem-aventurança. “Bem-aventurados os misericordiosos, porque eles alcançarão misericórdia" (Mt.5.7), disse Jesus no sermão do monte. Os filhos de Deus, por serem misericordiosos e estarem semeando o bem, certamente colherão a bondade divina e, no dia do arrebatamento, serão poupados da ira do Senhor (1Ts.1:10), em mais uma demonstração de misericórdia do Senhor para com o seu povo.

2) Benignidade
É a qualidade daquele que só faz o bem. Combina a idéia de "bondade" e "ajuda” - “Para mostrar nos séculos vindouros as abundantes riquezas da sua graça pela sua benignidade para conosco em Cristo Jesus”.(Ef. 2.7). Nosso amor pelos outros deve resultar em mais do que palavras – “E, se o irmão ou a irmã estiverem nus, e tiverem falta de mantimento quotidiano; E algum de vós lhes disser: Ide em paz, aquentai-vos, e fartai-vos; e não lhes derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí? (Tg. 2.15, 16).

Na vida de um crente em Cristo Jesus, que é fundamentada no amor, não há espaço para a prática do mal. Amar é a palavra de ordem. E Jesus disse que devemos amar até os nossos inimigos – “Eu, porém, vos digo: Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus” (Mt.5.44).

3) Humildade
A humildade é a terceira “entranha” mencionada por Paulo, a qual nos fala da nossa conscientização de que somos criaturas de Deus e que devemos lhes ser obedientes e submissos. A nossa comunhão com Deus deve nos trazer um sentimento de humildade, ou seja, temos de reconhecer que nada somos, mas que Jesus é tudo em nossas vidas. Tudo na vida do crente deve ser feito com humildade – “Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.”(F.2.3); “Semelhantemente vós jovenssede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes”(I Pe. 5.5).

A única forma de alguém ser humilde é tendo comunhão com Deus através de Jesus Cristo, porquanto só Jesus nos pode ensinar a respeito de humildade, pois é Ele o exemplo perfeito da humildade, vez que, “… sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus, mas aniquilou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens e, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até a morte e morte de cruz”(Fp.2:5-8). Por isso, o próprio Cristo afirmou: “… aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração e achareis descanso para as vossas almas” (Mt.11:29b).

4) Mansidão
A mansidão é a quarta “entranha” mencionada pelo apóstolo Paulo. Mansidão na vida do crente fiel não é fruto de fraqueza moral, mas é “fruto do Espírito” (veja Gl.5.22). Ela faz parte das bem-aventuranças mencionadas por Jesus no sermão do monte – “Bem- aventurados os mansos, porque eles herdarão a terra” (Mt. 5.5).

Embora os homens achem que a terra será herdada pelos grandes guerreiros, pelos grandes estrategistas, pelos donos das armas mais poderosas do mundo, na verdade, quem vai herdar a terra são os mansos, aqueles que forem discípulos do Senhor. O povo de Israel chegou à terra prometida porque, entre outras coisas, tinha um líder manso, mansidão que foi fundamental para manter a unidade e a sobrevivência do povo durante a mudança de geração no deserto. Esta mesma mansidão tem de estar na liderança da igreja, nestes dias em que as Assembléias de Deus estão, também, mudando de geração.

5) Longanimidade
A longanimidade (ou paciência) é a quinta “entranha” mencionada por Paulo. Ela está sempre vinculada à esperança – “Lembrando-nos sem cessar da obra da vossa fé, do trabalho do amor, e da paciência da esperança em nosso Senhor Jesus Cristo, diante de nosso Deus e Pai”(I Ts 1.3).

Ela é testada na hora da provação, quando se é afrontado, ofendido.
A longanimidade também gera uma bem-aventurança. É mais do que feliz o longânimo, porque, como Jesus nos ensinou, "bem-aventurados os que sofrem perseguição por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus." (Mt.5.10). Aqueles que suportam a perseguição, a aflição, esperando no Senhor, terão a vitória, porque não confiam em carros nem em cavalos, mas fazem menção do nome do Senhor (Sl.20.7), não o negando com atos precipitados e carnais. “Sê bom soldado de Cristo Jesus, sofrendo as aflições. Não sufocando a mensagem da cruz nas perseguições. Vai Seu amor proclamando, novas de paz, sim, levando, aos que estão aguardando a salvação." (3ª estrofe do hino 394 da Harpa Cristã). O cristão sabe que, se padece com Cristo, com este mesmo Cristo será glorificado (Rm 8.17).


SUPORTANDO-VOS E PERDOANDO-VOS (3.13)
1) Se algum tiver queixa contra outro(3.13)
Outra característica que Paulo diz haver no cristão verdadeiro e genuíno é a capacidade de perdoar. Paulo diz que os crentes devem perdoar uns aos outros e, “… se alguém tiver queixa contra outro, assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também…” (Cl.3:13b).

Não resta dúvida de que se trata esta de uma das mais difíceis tarefas impostas a um ser humano, mas, se realmente estamos em Cristo, se estamos ligados na videira verdadeira, o perdão deve ser algo incondicional, costumeiro e natural a um crente. Jesus perdoa todos os pecados, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (porque não é dirigida a Ele, mas a Terceira Pessoa da Trindade), de forma que, assim ensinou o apóstolo, temos de perdoar todas as ofensas que sejam cometidas contra nós. Perdão envolve total esquecimento, perdão envolve total desconsideração da ofensa cometida, perdão envolve retorno da situação anterior à ofensa. Não nos esqueçamos de como Jesus nos ensinou a orar: “perdoa-nos as nossas dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores.”(Mt.6:12).

2) O sobretudo cristão(3.14)
O “homem novo”, o homem com natureza espiritual, aquele que é formado pelo novo nascimento, ou, simplesmente, o homem salvo, para estar bem protegido, precisa ser coberto por três camadas de vestes diferentes, usando-se a linguagem figurada da vestimenta empregada por Paulo.
Ele é vestido com vestes de salvação, revestido com as virtudes cristãs, “e sobre tudo isto...”, um revestimento de amor.

  Primeira camada: Vestir-se da Salvação
O profeta Isaias escreveu: “Regozijar-me-ei muito no Senhor, a minha alma se alegrará no meu Deus; porque me vestiu de roupas de salvação, cobriu-me com o manto de justiça...”(Is.61:10). Estas “vestes de salvação” precisam ser conservadas puras, e com elas o homem deve permanecer vestido “em todo o tempo”, na expressão usada por Salomão: “Em todo o tempo sejam alvas as tuas roupas, e nunca falte o óleo sobre a tua cabeça”(Ec. 9.8). Sem estas “vestes alvas” com as quais o homem é vestido pelo próprio Deus, no momento em que ocorre o novo nascimento, o homem não entrará no céu. Todas as vezes que João viu os salvos no céu eles trajavam vestes brancas –“Depois destas coisas olhei, e eis aqui uma multidão, a qual ninguém podia contar... trajando vestes brancas e com palmas nas suas mãos”(Ap 7:9).

 Segunda camada: Revestir-se das Virtudes Cristãs(constantes do versículo 12
“Revestir-se, pois, como eleitos de Deus...” – Revestir-se, aqui, fala de superposição, ou seja, vestir uma veste sobre a outra. Como foi visto na primeira camada o “eleito de Deus” já está vestido com vestes de salvação, tendo, anteriormente, sido despido ou despojado de suas sujas e velhas. Qualquer que queira revestir-se das virtudes cristãs precisa, primeiro, despir-se “... do velho homem com os seus feitos”, ou seja, abandonar a velha maneira de viver. Isto só é possível quando o homem aceita o Senhor Jesus como seu único e suficiente Salvador, quando, então, cumpre-se o que Paulo afirmou:”... se alguém está em Cristo nova criatura é...”. A natureza espiritual  desta “nova criatura”, agora chamada de “filho de Deus”, rejeita as “roupas velhas” manchadas pelo pecado que antes eram usadas pelo “velho homem”, chamado de filho da desobediência. É por isso que Paulo diz: ” Mortificai, pois, os vossos membros, que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, a afeição desordenada, a vil concupiscência, e a avareza, que é idolatria; Pelas quais coisas vem a ira de Deus sobre os filhos da desobediência; Nas quais, também, em outro tempo andastes, quando vivíeis nelas. Mas agora, despojai-vos também de tudo: da ira, da cólera, da malícia, da maledicência, das palavras torpes da vossa boca”(Cl 3:5-8).

 Terceira Camada: Revestir-se de amor
A primeira camada são as vestes da salvação. Esta primeira camada vai sendo revestida pela segunda, formada pelas virtudes cristãs (3.12). Depois para formar a terceira camada, Paulo, sempre usando as vestimentas em sentido figurado, diz:” “E, sobre tudo isto, revesti-vos de caridade, que é o vínculo da perfeição”(3.14).
“Vinculo”,aqui, tem o sentido de: aquilo que ata, liga, ou aperta duas ou mais coisas, por isso é que se fala que o amor une perfeitamente todas as coisas. Em linguagem figurada, aqui, Paulo diz que o amor representa aquela última peça de roupa que, para o homem, pode ser o casaco, ou sobretudo, debaixo do qual todas as peças de roupa ficam bem protegidas e em condições de cumprir, cada uma, o seu papel ou a sua função.
Sendo então a última peça do vestuário que compõe as virtudes cristãs, então o amor tem que ser visível aos olhos de todos, através do que falamos e fazemos. João escreveu:” Se alguém diz: Eu amo a Deus, e odeia a seu irmão, é mentiroso. Pois quem não ama a seu irmão, ao qual viu, como pode amar a Deus, a quem não viu? E dele temos este mandamento: que quem ama a Deus, ame também a seu irmão”(1 Jo 4.20-21).


Conclusão
Deus quer que o homem, através de seu filho Jesus Cristo se torne um novo homem, ou uma nova criatura, pelo milagre da transformação que é o novo nascimento, podendo, assim, revestir-se das Virtudes Cristãs.


Colaboração para Portal Escola Dominical – Profª Jaciara da Silva




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LIÇÃO 07 – INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE - 4º TRIMESTRE 2014


LIÇÃO 07 – INTEGRIDADE EM TEMPOS DE CRISE - 4º TRIMESTRE 2014
(Dn 6.3-5,10,11,15,16,20)

INTRODUÇÃO

O profeta Daniel foi um homem de Deus íntegro e um funcionário excelente e fiel. Sua dedicação e capacidade
despertavam inveja por parte daqueles que trabalhavam com ele, mas que não suportavam sua prosperidade. Esses tais,
tramaram a morte do homem de Deus, incitando o rei a criar um decreto que lhe proibisse orar ao Deus do céu. Para
Daniel, era preferível morrer que viver sem orar. Logo, por não obedecer ao decreto real, o profeta judeu foi lançado
numa cova com leões para ser morto, todavia, o seu Deus, proporcionou-lhe um grande livramento.

I – DEFINIÇÃO DA PALAVRA INTEGRIDADE
O dicionário Aurélio diz que esta palavra significa: “qualidade de íntegro; inteireza. Retidão, imparcialidade.
Inocência, pureza, castidade” (FERREIRA, 2004, p. 1116). “A integridade refere-se a higidez (saúde) moral, a condição
daqueles que são possuidores de um autêntico caráter moral, em contraste com aqueles cuja natureza inclui o engodo, a
astúcia e a malícia. O trecho de Gn 25.27 faz a comparação entre Jacó e Esaú. Jacó aparece ali como um homem integro;
mas Esaú descrito como um homem dotado de habilidades violentas. Em Tito 2.7, a palavra grega aphthoria (palavra que
só se acha por uma vez em todo o Novo Testamento), que nossa versão portuguesa traduz por “integridade”, em algumas
outras versões aparece como “incorruptibilidade” ou “sanidade”. Ali, essa virtude aparece como uma das qualidades que
os líderes das igrejas cristãs devem possuir. Com toda a razão, podemos pensar que temos aí um aspecto do fruto do
Espírito Santo em nossas vidas, embora, tal virtude não seja especificamente mencionada na lista de Gálatas 5.22,23. Mas
Jesus ensinou claramente esse principio, conforme se vê em Mt 6.1-6. Para nós, povo de Deus, a integridade envolve a
honestidade a retidão, a higidez de caráter e uma espiritualidade da mais pura qualidade que evita e foge da corrupção”
(CHAMPLIN, p. 347, 2004 – acréscimo nosso).

II – DANIEL, UM FUNCIONÁRIO ÍNTEGRO
Uma das primeiras responsabilidades de Dario foi reorganizar o reino da Babilônia recentemente conquistado
(Dn 6.1-2). A Bíblia diz que Ele nomeou 120 sátrapas para governar o reino e colocou-os sob as ordens de três
administradores, um dos quais era Daniel (Dn 3.2). “Os sátrapas eram responsáveis diante destes três presidentes ou
administradores, talvez 40 sátrapas para cada presidente” (CHAMPLIN, 2001, p. 3398).
2.1 A competência de Daniel (Dn 6.3). Desde a sua chegada a Babilônia até os últimos dias da sua vida, Daniel se
mostrou um servo competente (Dn 1.20,21). “Neste tempo, ele contava mais ou menos 88 anos de idade. O jovem
esforçado, fiel e corajoso do primeiro capítulo é o idoso esforçado, fiel e corajoso deste capítulo” (BOYER, 2009, p. 52).
Ele conseguiu crescer profissionalmente devido a graça de Deus e a sua presteza aos seus patrões (Dn 1.17,20; 2.48,49;
5.29; 6.3,28). “Durante um período de quase setenta anos, Daniel serviu a seis governadores babilônios e a dois persas.
No governo de três deles (Nabucodonosor, Belsazar e Dario) foi elevado a primeiro-ministro. Ocupou essa função durante
o cativeiro final de Judá e o regresso dos cativos” (ELLISEN, 2012, p. 258).
2.2 A excelência de Daniel (Dn 6.3-a). O texto bíblico deixa claro que Daniel era preterido pelo rei Dario em relação aos
outros funcionários “porque nele havia um espírito excelente” (Dn 6.3). A palavra “espírito” no hebraico “ruah” tem
vários significados e nesse contexto “é usado para aludir àquilo que habilita o homem a fazer determinado trabalho ou
que representa a essência de uma qualidade humana” (VINE, 2002, p. 114). Por sua vez, a expressão subsequente
“excelente” segundo o Aurélio quer dizer “que é muito bom” (FERREIRA, 2004, p. 850). Esta virtude destaca-se na vida
desse nobre servo de Deus (Dn 1.17; 4.8; 5.12,14).
2.3 A fidelidade de Daniel (Dn 6.3,4). A forma com a qual Daniel se comportava na função que lhe foi confiada, rendeulhe
grande admiração e confiança por parte do rei Dario, que pensava colocá-lo sobre todo o reino (Dn 6.3). Sua
fidelidade era uma virtude extremamente destacável na função que exercia (Dn 6.4). Segundo o Aurélio a palavra “fiel”
significa: “que cumpre aquilo a que se obriga; leal; honrado; íntegro” (FERREIRA, 2004, p. 894). “O homem pode se
mostrar “fiel” em suas relações com os membros da raça humana (I Sm 26.23). Mas, geralmente, a Pessoa a quem se é
“fiel” é o próprio Senhor (II Cr 19.9)” (VINE, 2002, p. 128). Biblicamente, podemos destacar quais as testemunhas que
atestam a integridade de Daniel: (1) Os funcionários que com ele trabalhavam (Dn 6.4); (2) o rei Dario (Dn 6.3,4; 16-20);
(3) o próprio Daniel sabia que servia a Deus com fidelidade (Dn 6.22); e, (4) o Deus de Daniel atestou isso dando-lhe
livramento (Dn 6.22,23). Daniel era fiel em tudo que fazia, tanto para o rei como para Deus. Por isso, foi perseguido, mas
triunfou. A Bíblia nos orienta a procedermos de igual modo (Ef 6.5,6; Cl 3.22; I Tm 6.1; Tt 2.9; I Pe 2.18).

III – CAUSAS DO ÓDIO DOS FUNCIONÁRIOS A DANIEL
3.1 Porque era um judeu assumindo um cargo na Babilônia (Dn 6.1-3). Para aqueles que exerciam funções na
Babilônia, ver um judeu sendo benquisto, prosperando e recebendo altos cargos era inadmissível (Dn 1.19,20; Dn 3.12).
“Tratava-se de mais um caso de antissemitismo (sentimento contrário ao povo judeu), um pecado terrível encontrado nas
Escrituras desde os dias do Faraó até o fim dos tempos (Ap 12). Ao que parece, esses oficiais não sabiam da aliança entre
Deus e Abraão, que prometia abençoar quem abençoasse os judeus e amaldiçoar quem os amaldiçoasse (Gn 12.1-3).
Quando esses homens começaram a atacar Daniel, estavam atraindo sobre si o juízo de Deus” (WIERSBE, 2004, p. 342).
3.2 Porque lhe tinham inveja (Dn 6.3). Enquanto Daniel estava entre os três presidentes que monitoravam os cento e
vinte sátrapas tudo estava em paz. Todavia, quando o rei Dario vendo que Daniel destacava-se entre eles, e, com isso,
intentou colocá-lo acima dos outros presidentes o ódio aflorou (Dn 6.3-5). A inveja podia corroer-lhes os ossos
(Pv 14.30). Este sentimento é a tendência de observar com desprazer o bem alheio. Inveja é um misto de ódio, desgosto e
pesar pelo bem e felicidade de outrem; é o desejo violento de possuir o bem do próximo (Jó 5.2; Pv 14.30; Ec 4.4; Is
11.13; Ez 35.11). É o que sentiam aqueles homens em relação a Daniel (Dn 6.4).
3.3 Porque era um administrador fiel (Dn 6.4). Nada pior para servos infíéis que serem liderados por um servo fiel. A
expressão “para que o rei não sofresse dano” (Dn 6.2-b), dá a entender que Dario estava desconfiando de corrupção
entre os seus funcionários. Por isso, nomeou Daniel acima deles, porque esse era fiel. “Os outros líderes ficaram
exasperados quando souberam desse plano e tentaram, sem sucesso, encontrar alguma falha no trabalho de Daniel.
Tinham vários motivos para opor-se a Daniel, inclusive a mais pura inveja, mas sua principal preocupação era financeira.
Sabiam que com Daniel no comando não teriam oportunidade de usar seus cargos em beneficio próprio e perderiam
aquilo que ganhavam pela corrupção” (WIERSBE, 2004, p. 342).

IV – O DECRETO REAL E A POSTURA FIRME DE DANIEL
Os funcionários tramaram uma conspiração com base na fidelidade de Daniel à lei do seu Deus. A estratégia foi
convencer o rei Dario a baixar um decreto que proibisse qualquer pessoa a fazer uma petição a qualquer deus, que não
fosse o próprio rei (Dn 6.5-8). “A sugestão, tomada de maneira falsa, tinha como objetivo envaidecer o ego do rei e dar
uma expressão a sua nova autoridade. Tal mostra de lealdade da parte dos seus funcionários civis seria muito bem-vinda,
sem dúvida, para aquele que durante sua vida vivia da própria glória. Os antigos césares arrogavam também para si
adoração divina e sob pena de morte que sofreria aquele que se recusasse a adorá-los” (SILVA, 1986, p. 106).
4.1 O edito real e a pena capital promulgada por Dario (Dn 6.9,10). O Aurélio diz que um decreto é uma
“determinação escrita, emanada do chefe do Estado, ou de outra autoridade superior” (FERREIRA, 2004, p. 608). Diante
disto, orar a Deus e não ao rei era estar em desobediência civil a autoridade constituída. É necessário entender que é uma
recomendação bíblica de que o servo de Deus esteja sujeito a autoridade (Dn 3.12; 6.10,11; Lc 20.22-25; Rm 13.1-7;
I Tm 2.1,2; I Pe 2.17). Contudo, quando a autoridade cria leis e decretos que se confrontam com a Palavra de Deus,
devemos preferir a vontade soberana do Senhor, tal qual fez Daniel (Dn 6.9,10). Influenciado pelos seus funcionários
Dario acrescentou junto ao edito uma punição, que quem desobedecesse seria lançado na cova dos leões. “Tem sido
interpretado que, a “cova dos leões” onde Daniel foi lançado, tinha duas entradas: a primeira era uma especie de “ rampa”
pela qual os animais entravam e a segunda uma especie de “buraco”, na extremidade superior, pelo qual os animais eram
alimentados. Para que a entrada da cova não fosse violada, o rei mandou que trouxessem o selo real (o anel) e o selo de
seus grandes, selando assim a pedra (Js 10.16; Dn 6.17; Mt 27.66)” (SILVA, 1986, pp. 117,118 – acréscimo nosso) .
4.2 A postura de Daniel e o livramento de Deus (Dn 6.10,21-23). Ao ficar sabendo do edito real e da proibição, Daniel
agiu com firmeza, não se intimidando com a sentença. A coragem deste homem é um desafio para todos nós. Ele estava
pronto a colocar os interesses de Deus em primeiro lugar e a sua própria segurança em segundo. Por amor do seu
testemunho, estava pronto a enfrentar a cova dos leões famintos. Ou seja, ele preferiu morrer que perder o contato com o
seu Deus por meio da oração. “Daniel, o grande servo de Deus, foi inspirado na oração de Salomão (1 Rs 8.46-49a), a
exemplo do salmista, orava de manhã, ao meio-dia e a tarde. Isto é, 9h, 12h, 15h, respectivamente (Sl 55.17)”
(SILVA, 1986, p. 114). Seus colegas de trabalho o entregaram a Dario como um transgressor do edito real, induzindo o
rei a cumprir com a pena determinada, o que Dario fez com muito pesar (Dn 6.12-18; At 5.29). Daniel foi lançado na
cova dos leões para ser morto, contudo, Deus viu a sua inocência e lhe proporcionou um grande livramento (Dn 6.12-23).
Dario, percebeu a maldade dos que lhe influenciaram contra Daniel, sentenciou-lhes a morte na cova dos leões (Dn 6.24).
CONCLUSÃO
Daniel não somente nos deixa um legado espiritual por ser um fiel servo de Deus, como também nos dá o
exemplo de um profissional capaz, excelente e exato. Ele sofreu inveja por parte daqueles que com ele trabalhavam, que
por causa do seu êxito e compromisso tramaram a sua morte. Todavia, este servo de Deus manteve-se firme e leal,
experimentando assim do livramento, da honra e da prosperidade divina em todas as áreas da sua vida (Dn 6.26-28).
REFERÊNCIAS
 CHAMPLIN, R. N. Dicionário de Bíblia, Teologia e Filosofia. HAGNOS.
 SILVA, Severino Pedro da. Daniel versículo por versículo. CPAD.
 STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD.
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sexta-feira, 7 de novembro de 2014

AZALÉIA - RHODODENDRON SIMSII


Azaléia - Rhododendron simsii



Nome popular: Azaléia; Azaléia-belga.
Nome científico: Rhododendron simsii.
Família:
Ericaceae.
Origem: China



As Azaléias são arbustos floríferos muito apreciados no mundo todo. As plantas são arbustos de ramos lenhosos, que dão muitas flores. Elas são formadas pela hibridação e seleção entre várias espécies, principalmenteR. indicum Sweet, de 1 a 2 m de altura.

Suas flores possuem grande variedade de cores, podendo ser brancas, vermelhas, arroxeadas, róseas, simples ou dobradas, não raro listradas, surgidas no outono-inverno.
Existem variedades menores, melhor adaptadas ao cultivo em vasos, e as maiores, que devem ser plantadas nos jardins. As variedades menores podem ser também utilizadas em maciços nos jardins. São intensamente cultivadas em vasos, bordaduras, em maciços ou grupos, mantidos podados ou não.

Cuidados: As Azaléias se desenvolvem e florescem melhor em climas mais amenos, mas florescem também em climas mais quentes. Essas plantas também precisam de bastante luz, devendo cultivá-las preferencialmente sob sol pleno.
O melhor momento para podá-las é após o florescimento.

Crescem melhor em solos ácidos e com boa fertilidade.

Como reproduzir: Podemos multiplicá-las por meio de estacas retiradas dos ponteiros, plantadas sob proteção de estruturas, com temperaturas e umidade adequadas.


Fonte:http://www.cultivando.com.br/plantas_detalhes/azaleia.html
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ONZE HORAS - PORTULACA GRADIFLORA




A onze-horas é uma das raras plantas suculentas que tem ciclo de vida anual, embora alguma variedades sejam capazes de perenizar por mais de um ano. É também umas das floríferas anuais mais apreciadas no mundo todo, pelo seu fácil cultivo e abundante floração. Seus ramos são prostrados, macios, ramificados e suculentos, muitas vezes avermelhados. As folhas são engrossadas, cilíndricas, verdes, suculentas e dispostas alternadamente.
As flores terminais são muito grandes e vistosas, podem ser simples ou dobradas e de diversas cores e mesclas, como o róseo, o branco, o laranja, o amarelo, o vermelho, o púrpura, etc. Elas se abrem pela manhã e se fecham à tarde, mas apenas em dias ensolarados. A floração ocorre nos meses mais quentes.
Esta pequena herbácea, de 20 cm de altura, é muito versátil tendo uma ampla aplicação paisagística. Ela é adequada a formação de maciços, bordaduras e grupos irregulares, assim como adapta-se muito bem ao plantio em vasos, jardineiras e cestas suspensas. É perfeita para acrescentar cor a jardins de pedras, e pode ser planta em espaços bem pequenos como entre as pedras do caminho ou em estreitos nichos em um muro rochoso. Pode também servir como forração, revestindo taludes, mas não suporta o pisoteio. Atrai abelhas.
Devem ser cultivadas sob sol pleno, em solo fértil, bem drenável e enriquecido com matéria orgânica, com regas periódicas. Tolerante a seca e a baixa fertilidade do solo, mas floresce melhor quando fertilizada. Durante as regas, deve-se evitar molhar os botões e as flores, que se danificam com facilidade. Multiplica-se por sementes postas a germinar na primavera.

Fonte:http://www.jardineiro.net/plantas/onze-horas-portulaca-grandiflora.html
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